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quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Dedos cruzados: volta à Lua depende de testes

Mais um grande passo: sucesso com testes de foguete Ares aumenta esperanças de voltarmos à Lua

Em junho está previsto o primeiro teste da Ares, a família de foguetes que permitirá a aposentadoria do ônibus espacial e que, eventualmente, levará o homem de volta à Lua até 2020. Esse teste promete ser uma das sensações do ano, por várias razões. Uma delas é a expectativa ruim que tem envolvido o programa.

Até agora, chegaram ao conhecimento do público, principalmente, os problemas que os engenheiros estão encontrando. Em outubro, uma simulação computacional sugeriu que a ocorrência de ventos no momento da ignição dos motores poderia jogar o Ares I contra a torre de decolagem. A Nasa respondeu dizendo que o problema poderia ser superado redesenhando-se a torre, ou simplesmente não realizando lançamentos em dias de ventos muito fortes. Outras simulações mostraram que, após 115 segundos de voo, os motores poderiam causar uma forte vibração em toda a estrutura. Tão forte que os astronautas não conseguiriam ler os indicadores no painel de controle por 5 segundos. A agência americana respondeu que um sistema de atuadores poderia compensar a vibração e solucionar o incômodo.

Muitos desses problemas têm sido vazados à imprensa por funcionários da própria Nasa, que se mantêm anônimos. Alguns dizem que a melhor estratégia é jogar fora tudo o que foi feito até agora e começar do zero. Mas, numa de suas raras aparições públicas, o administrador da Nasa, Mike Griffin, contra-atacou dizendo que, "diferentemente do que afirmam alguns blogs e sites, o desenvolvimento do Ares vai muito bem".

Com a vitória de Barack Obama na eleição presidencial dos EUA, o futuro de Griffin é incerto, e ele têm sido bastante criticado como administrador. Só que ele é alguém da área e conhece por dentro os desafios da engenharia espacial. Se o lançamento do protótipo do Ares realmente vier a ocorrer como previsto, tem tudo para ser, se não um sucesso retumbante, um alento para quem sonha com a ocupação humana do nosso satélite natural.

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